Etimologia:
A palavra elipse vem do grego elleipsis, que significa “defeito”, “falta”. Um outro significado da palavra é o de “não alcançar, deixar de fora”. A razão disso é interessante e tem a ver com os primeiros estudos de astronomia. Os cientistas da época acreditavam que as órbitas dos planetas eram circulares, mas os cálculos feitos a partir desse pressuposto nunca davam certo. Por isso as órbitas planetárias foram chamadas de elleipsis, com esse termo significando algo que se aproxima de um círculo, mas não atinge a forma circular perfeita.
Atualmente, o termo elipse é usado para designar órbitas planetárias e um tipo de gráfico matemático, e também é empregado na gramática para denominar uma figura de linguagem. Nesse caso, o significado que se admite é o de “falta”.
Descrição:
A figura de linguagem elipse se dá quando uma palavra ou expressão é omitida da sentença, mas mesmo assim pode ser identificada. O termo fica subentendido e sua ausência na oração não prejudica a compreensão do que está sendo dito.
Exemplos:
- Nessa frase foi omitido o termo “há”. A frase completa seria: “Na minha estante há livros e discos antigos”.
- Nesse exemplo foi omitido o pronome pessoal “nós”, que é o sujeito da oração. A frase completa seria: “Nós chegamos tarde ontem”.
- No exemplo acima foi omitida a conjunção condicional “se”. Completa, a frase seria: “Se não fosse sua carona, eu ainda estaria no meio do caminho”.
Na minha estante, livros e discos antigos.
Chegamos tarde ontem.
Não fosse sua carona, eu ainda estaria no meio do caminho.
ATENÇÃO: Existe uma outra figura de linguagem que também se dá pela omissão de termos, uma espécie de caso particular da elipse. Mas ela possui uma característica que justifica sua descrição como uma figura de linguagem à parte. Trata-se do zeugma.